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Viaduto Otávio Rocha comemora 85 anos em meio ao abandono e à insegurança

Uma destacada e bela obra de engenharia de Porto Alegre e um patrimônio estadual, o Viaduto Otávio Rocha comemora em dezembro, 85 anos. Em 1932, ao ser inaugurado, representava uma Porto Alegre moderna, urbanizada. Agora, em menos de um século, ele é um espaço em decadência material, estética, desumana e cruel.

A falta de manutenção é visível, os comerciantes das lojas reclamam de infiltrações, quem passa se depara com grande número de moradores de rua, assaltos, venda de drogas e até mesmo prostituição.

No final de outubro, a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Maria de Fátima Záchia Paludo, pediu demissão do cargo, pois tinha um projeto para revitalização do viaduto que foi rejeitado por Marchezan. A ideia de Maria de Fátima envolvia instalar bancas de artesanato e food trucks ao longo da estrutura, a fim de evitar que a população de rua lá ficasse e para que, assim, fosse possível aumentar a circulação de pessoas nos arredores. “Com o ‘não’ do prefeito, voltamos à estaca zero e o viaduto segue sofrendo com ações de vandalismo e depredação”, destaca Adeli Sell.

Conforme o vereador, a solução para revitalização seria uma política social bem planejada para a retirada das pessoas e Parceria Público Privada para custear o restauro. “Acredito que a prefeitura deva oferecer índices construtivos para a construtora que vencer uma provável licitação e que ela tenha compensação dos investimentos feitos. Sem isso, avalio que nada será feito, pois a prefeitura não dispõe de recursos, há cortes nas leis de incentivo à cultura”.

Sobre os lojistas que estão no local, o vereador sugere que os permissionários tenham a opção de se readaptar ao novo modelo de negócio ou receber indenização para seguir com os negócios em outros espaços.