Assim que comecei a ler o Livro “Archymedes Fortini: Crônicas Selecionadas”, entendi o "porque" do profundo interesse do escritor Adeli Sell em sua pesquisa.
Ambos são apaixonados por Porto Alegre. Algo que transcende os anais da história, uma dedicação ímpar aos relevantes momentos da construção da cidade de Porto Alegre, desde seus projetos urbanos aos seus costumes singulares. Relembrando pessoas ilustres como Manoel dos Santos Martins (Martins Livreiro), o grande empresário Breno Caldas, entre muitos citados. As lendas sobre o Passo D'Areia e todo o envolto cotidiano da próspera cidade que se incorporava à vida econômica e cultural do País.
Consagrado ao linear do tempo e ao cunho da história o desbravar dos grandes períodos que marcaram a memória cultural da cidade estão os nostálgicos cafés concertos e cinemas imponentes, entre eles o Kosmorama, o Café Guarani, dos irmãos Azzarini, e o Antigo Politeama, dos irmãos Hitze e irmãos Petrelli, que deu lugar ao anfiteatro Coliseu e, após, ao prédio de mesmo nome na rua Voluntários da Pátria.
A nossa saudosa Ponte de Pedra que na época era o limite da cidade para a área rural. Do começo das transmissões de rádio à construção do Estádio Olímpico.
A tão esperada iluminação pública que a princípio era feita por candieiros alimentados a gás e a atual iluminação elétrica .
Todos esse resgate histórico e cultural feito com exímios detalhes de pesquisa, "feita a cunho de pinça".
Ao grande trabalho, as merecidas honras ao escritor Adeli Sell. Parabéns.
