Dando continuidade aos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel, aconteceu hoje pela manhã (13/9) mais uma reunião da CPI das Teles, no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre.
Na oportunidade, foram recebidos representantes das operadoras Vivo e Tim, que esclareceram o motivo da má qualidade dos dados de internet e sinal para ligações de celular.
O representante da Vivo, o diretor de relações institucionais, Enylson Martinez trouxe aos parlamentares e ao público da reunião, informações relativas aos investimentos feitos pela operadora em Porto Alegre, destacando que o número de dados que trafegava nas redes da operadora em cinco anos cresceu dez vezes, exigindo da empresa constante atualização de tecnologia e grandes investimentos. “Temos no município 744 mil usuários, e anualmente a empresa investe no Brasil, R$ 8 bilhões. Nossos gargalos de queixas são a checagem de contas e os prazos de instalação de equipamentos. No entanto, essas instalações nem sempre dependem apenas da empresa, mas também de liberações mais ágeis do Executivo e outros órgãos ”.
Já o representante da Tim, Cléber Afrânio, complementou o diretor da Vivo, relatando que a cada salto tecnológico (mudança de tecnologia), as empresas precisam investir em adaptações, estudos, treinamentos de equipes e novos investimentos nas redes de transmissão. “Acredito que nenhum outro setor passe por tantas mudanças em tão pouco espaço de tempo. Calculo que em 18 anos, foram cinco saltos tecnológicos. Temos 238 mil usuários em Porto Alegre e somos a operadora com menor número de queixas no Procon pelo empenho constante de melhorar, mas preciso ponderar que a carga tributária em nosso país é alta e alguns aportes em infraestrutura não dependem das empresas, mas também de outras instituições”.
Finalizando a reunião da comissão, o vereador Adeli, também relator da CPI, destacou que o papel do Legislativo, da CPI é repassar às operadoras todas as dificuldades enfrentadas pelos consumidores, ouvir as operadoras e buscar ajudar de alguma forma. “Se as dificuldades das operadoras são burocráticas quanto aos temas das antenas, rádios bases, vamos procurar alternativas de ajudar para destravar o tema para que o fornecedor não seja sempre o maior prejudicado, pois ele paga e caro pelos serviços. Pedimos que as operadoras nos formalizem todos os problemas que tiverem e todos que competem ao Executivo para então formalizarmos via CPI pedidos de providência”, encerrou o vereador Adeli. A próxima reunião da CPI ocorre na quarta-feira (20), com a presença de representantes da Claro e Oi.