Sob o comando do mundo digital, da internet das coisas, de Big Data, uma certa parábola serve de parâmetro para entender como devemos nos portar neste mundo líquido sob comando da tecnologia. “...é como jogar penas ao vento!”
Certo que não há comparação entre abrir um travesseiro de penas ao vento, a promover orientações e defesas jurídicas alicerçadas em princípios e normas legais.
Mas a ideia persiste: nada vai deter o voo cego e ninguém conseguirá juntar o que se espalhou.
No mundo do Direito, quando um mal intencionado espalha uma tese que resolverá todos os problemas de sua empresa, sejam eles, por exemplo, de conformidade com as normas, adequando sua empresa as regras de compliance, a Lei Geral de Proteção de Dados, Tributário, Trabalhista, Societário, etc..., no mínimo, é um grande travesseiro de penas espalhado ao vento do alto de uma montanha.
O cliente, pode vir até cobrar que seu advogado ainda não fez nada, como se aquilo que chegou a ele fosse a verdade absoluta.
O oportunista não só logrou enganar este, como o mesmo pode imputar incompetência jurídica.
Por isso, cada vez mais se impõe aos operadores do Direito tratar da linguagem, de sopesar palavras, de esmiuçar teses de forma didática e compreensível a todos.
Se você não quiser “penas ao vento” e ter que passar o resto dos seus dias dando explicações, é hora de repensar suas atividades e seu modus operandi, para melhor compreender as necessidades de seu cliente.
Quando estamos às vésperas da data inicial da entrada em vigor da LGPD, agosto/2020, ou ainda com certa incerteza de ser apenas em maio ou mais adiante ainda é outro fenômeno precedido às “penas ao vento”.
Por isso, devemos usar o travesseiro para um bom sono reconfortante do estresse dos dias de clausura, de cansaço por muito trabalho com as inúmeras ferramentas digitais que a tecnologia nos oferece, sem jogarmos “penas ao vento”.
Rosangela Benetti Almeida, advogada - OAB/RS nº 34.992