Está localizado na parte frontal do Mercado Público Central.
O Largo é o perímetro circundado pela Avenida Borges de Medeiros, Rua José Montaury, Praça XV de Novembro/início da Rua Marechal Floriano e na parte circular da Praça Parobé.
O nome presta homenagem a Glênio Peres, jornalista, compositor, poeta, vereador na capital por vinte anos e vice-prefeito na gestão de Alceu Collares, e falecido em 27 de fevereiro de 1988.
Glênio Peres foi cassado pela ditadura militar junto com o colega Marcos Klassmann, com base no AI 5 em 2 de fevereiro de 1977.
Frequentador do Mercado Público e de seus botecos, o Naval o homenageia com uma foto em sua na parede.
Em 1978 Glênio lançou seu Caderno de Notícias numa edição do perseguido Coojornal.
“Glênio Peres - Era O Que Ele Era” - de Norberto Goulart Peres – dá boa síntese da vida deste bravo homem público que nomina este local tão nobre de nossa cidade.
O Largo foi pensando como espaço de convívio social, como local sociocultural, como área aberta, porque no passado fora o grande terminal de ônibus no Centro e, mesmo antes, havia o terminal dos bondes numa de suas pontas (antigo abrigo de bondes), com suas linhas de ferro visíveis, depois do seu restauro.
Vários prefeitos apresentavam proposições sem muitas evoluções. Na gestão Telmo Thompson Flores fora pensado a demolição do Mercado Público, ideia insana que foi sustentada por um jornalista populista chamado Paulo Santana.
O projeto foi desenvolvido e implantado na gestão de Olívio Dutra, e recebeu o nome de Largo Jornalista Glênio Peres, em homenagem ao político havia pouco falecido (27.02.1988).
O projeto foi executado por etapas e exigiu a transferência de inúmeras linhas de ônibus, do então chamado Terminal Praça XV de Novembro, para os Terminais Rui Barbosa, Parobé e Conceição.
Ainda ficara um camelódromo numa de suas pontas, que era questionado pela população, pelos passantes, pelos caminhantes, sendo um local de grande insegurança e furtos.
Mas estes foram transferidos para o chamado Pop Center, na Praça Rui Barbosa.
Com área total de 6.309,00 m², foi pavimentado com pedras portuguesas, seguindo um desenho rendilhado, semelhante, segundo pesquisa histórica, ao que existia no local no final dos anos 20, incluindo a instalação de trilhos e do Bonde nº 123, totalmente restaurado e retirado, após algum tempo, em função da depredação.
Por ser uma área concebida para ficar a maior parte do tempo livre, destinada à circulação de pedestres e para manifestações deveria ficar o mais livre possível.
Nela permanece a histórica Feira do Peixe, com suas 239 sessões, havidas: somente não saiu a efeméride de 2020 por causa da Pandemia do novo coronavírus.
O Largo Glênio Peres tem algumas Feiras de Artesanato e guarda um conjunto de outras atividades, com muitas atividades de cunha política, reivindicativo e de protestos.
As obras do Largo começaram no dia 2 de agosto de 1991 e a inauguração ocorreu em abril de 1992.
Na parte frontal do Mercado há desde 2004, durante a gestão João Verle e do secretário Adeli Sell a colocação de estandes para espaço dos cafés e bares dali, no entanto há uma conservação precaríssima e são frequentemente vandalizados.
Glênio Peres é também o nome do Teatro da Câmara Municipal, numa justa homenagem àquele que fora um dos seus mais eminentes vereadores.
Adeli Sell é vereador em Porto Alegre