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38 anos do PT: Tempos de reflexões e atitude (Adeli Sell)

Quando o dia 10 se aproxima me ponho a refletir sobre o meu partido, o Partido dos Trabalhadores. É nesta data que ele faz aniversário. Neste ano são 38 anos.

Me recordo que no início dos anos 80, a teocracia tomava o Irã, Ortega assumia a Nicarágua, Margaret Thatcher se tornara a primeira-ministra inglesa e a China começava a se abrir para o mundo. 

          No Brasil, João Figueiredo governava, seguindo a ditadura. O Papa e Sinatra nos visitam, Nelson Rodrigues e Vinícius nos deixam. Restrições de liberdade aconteciam e exilados aos poucos voltam ao país.

Foi nesse período que um grupo de jovens, no qual me incluía, fundou o PT, baseado em causas populares, em oportunizar ao povo, em especial aos mais pobres, melhores condições de vida. Lutamos de peito aberto, em manifestações, panfleteando, gritando palavras de ordem.

Sonhamos muito, lutamos, nos organizávamos de forma incansável, reuníamos pessoas para discutir o país que desejávamos, até que um dia começamos a realizar muitos desses sonhos através do Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, a criação de dezenas de Universidades Públicas, o Pronatec, Prouni, que proporcionaram a ampliação e melhoria da escolaridade no país, o Luz para Todos e tantas outras ações de governo que ajudaram a retirar milhões de pessoas da miséria.  

Agora, novamente o mundo passa por transformações radicais: Trump, Coréia do Norte, bitcoins (moeda exclusivamente virtual), brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), a Catalunha que sacode a Europa e tantos outros. Aqui pelo Brasil, escândalos de governos desgastados, desmonte do Estado, crise econômica, perdas de direitos dos trabalhadores.

            Nossa sociedade, nosso país está à beira de um colapso. Portanto, a reflexão sobre o que o povo espera de nós como partido e qual postura ele quer que adotemos daqui para frente, para ajudar a combater todas as dificuldades, se faz essencial.

            A história mostra que somos bons de luta e organização social. Então, vamos olhar para frente e com conduta ética e republicana, reanimar e retomar a utopia, posicionando-nos na vanguarda da revolução pacífica pela justiça social.  Somos o maior partido de esquerda das Américas, e o povo precisa de nós. O momento para atitude é este, do contrário, apenas assistiremos o trem da história passar.