Como ando lendo tudo o que me vem para entender a Insensatez humana, não ando vendo TV.
Melhor: vi os capítulos de Amor de Mãe, porque queria falar de verossimilhança dos personagens.
Escrevi sobre a Banalidade do Mal e a Compaixão. Fiz um debate também.
Acho que isto se encaixaria no meu futuro “Tratado sobre a Insensatez”.
Ouça de alguém que tem uma cena da tal Monique num salão, que “mataram o filho”, ou seja, ouço muitas vezes, mas meu ouvido está programado para escutar. Sons deixo passar. Depois, me certifiquei o filho estava sendo agredido pelo namorado e ela no whats falava com a babá e arrumava o cabelo e nem sei mais o que...
Se esta tal de Monique matou diretamente o filho não se sabe, mas omitiu todas as violências contra seu filho como de sua morte ah isto sim, quando deveria ser a protetora da vida da criança.
Jairzinho não aparece na Globo como li ser responsável por torturar jornalistas em cárcere privado. A telinha não mostra isto. Qual seria a razão. Pelo que li há mais do que fundamentos, mas ali se vê que pertencia a um grupo de milicianos que espalha o terror na zona Oeste do Rio. A TV deu as ações da família no caso e na relação de pressão sobre a babá, forçando a serviçal a mentir.
Muito se fala e no caso pouco para contar o passado de ambos.
Quando ouvi alguém falar que “ela matou e foi ao salão” me recordei de um filme que tinha o título de “Matou a família e foi ao cinema”: parece que foi algo pré-caso Richthofen.
Tem quem diga que a palavra insensatez é pouco para dizer dos infortúnios.
Aí se usam palavras inadequadas como tragédia.
Não, não foi tragédia.
Foi um ato insensato que levou a um infortúnio que se chama crime hediondo.
Tem pena.
Tem que vingar o império da Lei.
Estamos num mundo em que nem com o império da Lei tocará de perto a Banalidade do Mal
Que aqui na vida como ela é não se tenha a compaixão da novela “Amor de Mãe”.
Adeli Sell é escritor e consultor