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Carris divulga redução no prejuízo em 2017

A Carris é a empresa de transporte coletivo mais antiga em funcionamento no país. É também a marca mais lembrada no segmento de ônibus, tendo recebido neste ano o 19º prêmio Top Of Mind.

É também a Carris a que possui melhor índice de cumprimento de viagens e a que mais transporta passageiros por quilômetro rodado. Além disso, ela apresenta o menor número de reclamações dos usuários e transporta 23% dos passageiros em Porto Alegre.

Mesmo assim, o prefeito Nelson Marchezan Júnior, desde o início do mandato, insiste em declarar na imprensa que a Carris está em colapso, dá prejuízos e, portanto, deve ser privatizada. O discurso nunca apontou uma saída para a recuperação da empresa.

No entanto, contrariando tudo o que o prefeito fala, a própria gestão da Carris divulgou em 25 de maio, informações que nos permitem afirmar que ela é viável  

O balanço patrimonial e demais peças contábeis relativas a 2017 publicadas no site da companhia, mostram que embora tenha diminuído a receita em R$ 2 milhões, ela conseguiu reduzir o custo do trabalho prestado em R$ 11 milhões destacando-se os materiais e serviços. Mas são as despesas administrativas, as mais significativas, elas reduziram em R$ 16 milhões.

O que ainda causa estranheza é que o balanço não esclarece que a provisão para perdas judiciais e fiscais tenha sido revertida de tal forma que obteve ganhos. Nas despesas financeiras observa-se a redução de gastos com juros e multas, que correspondem a uma economia de R$ 3 milhões em relação ao ano de 2016. Isto fica demonstrado no passivo, com sensível redução dos empréstimos e financiamentos (R$ 23 milhões).

Agora, as perguntas ficam: Se a Carris é viável, porque o prefeito insiste em atacar o patrimônio público, quando ele deveria zelar por ele? Por que essa pressão para a privatização ou até mesmo a extinção? A quem interessa a privatização?