ARTIGOS


O papel do indivíduo na história (Adeli Sell)

É um titulo de um livro de Plekhanov (1856-1918), um dos introdutores do marxismo na Rússia.

Não é um texto para discutir o filósofo russo, apenas pesco o título para reflexões atuais, sem desconhecer que aHistória exige da ação humana consciente uma força para a sua transformação.

Neste momento de crise de valores, quando se esquece da dignidade humana, presente em Immanuel Kant, filósofo prussiano (1724-1804), quando se rasga a Constituição Federal de 1988 a todo momento, na vereda da vida em que símbolos medievais são usados, como o relho, para chicoteador pessoas e suas ideias, é preciso pensar no “papel do indivíduo na História”.

Se eu que posso falar, escrever, tendo espaço de Tribuna, de mídia, e me calar; o quanto não se calarão outros com menos condições¿.

Seguindo os passos do mestre da linguagem Umberto Eco (“A Internet pode tomar o lugar do mau jornalismo”) vou em busca da leitura de todas as linguagens, de como posso entender símbolos e signos, bebo sapiências em Freud (1886 – 1939) para entender as almas humanas.

Volto a Umberto Eco, o grande autor de O Nome da Rosa, para concordar com ele que “as redes sociais dão voz aos imbecis”. E os imbecis não pensam que serão processados por incitar violência, mas serão, faz parte de nosso papel de luta pela Democracia, respeito à dignidade da pessoa humana, aos direitos fundamentais.

Estamos longe da visão iluminista da Revolução Francesa com suas consignas de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

De quando em quando, imagino-me caminhando ao lado de Hobbes (1588-1679) e ele dizendo: “o homem é o lobo do homem; em guerra de todos contra todos”.

Todos aqueles que pensarem o Homem, homens e mulheres, em suas relações com o mundo puderam ver que este “ser” é por demais imperfeito (tirando talvez Cristo - Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem “(Lc 23,34) – e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) que acreditava que o “homem era bom por natureza”“.).

Nós somos por demais imperfeitos. Há milhões de ano sobre a Terra, evoluímos, criamos coisas fantasticamente inimagináveis, mas continua a haver muita gente má, doente de espírito e mente, corrupta, violenta, malvada, pronta a praticar as maiores atrocidades fática e virtualmente.

Muitos (as) exibem nas redes sociais sua malvadeza, crueza, seu pífio caráter.

Na atividade comunitária, há “líderes” que se utilizam deste lado ingênuo de muitos (as), das suas ignorâncias, dos seus não saberes para galgar postos, fazer seu alpinismo social, ganhar mais algumas migalhas que caem da mesa das elites podres e corroídas da Nação, uma contradição pois a Elite não poderia ser assim como ela de fato é.

Na atividade sindical, o hegemonismo, a falta de espaço para o novo, para ações libertárias, tudo cria este velho ser “pelego”, abominável diante do sofrimento do povo explorado.

Na atividade política não é diferente, talvez mais clara e evidente pelo espaço que este “ser” político-partidário-exercente-de-cargo tem na mídia tradicional e nas redes sociais.

Não é o seu partido que decide o cargo a concorrer, como era – por exemplo – no PT de 1982, onde os nomes mais conhecidos tinham que disputar uma cadeira de deputado federal.

Agora, depois de quase quatro décadas, no meu partido, o sujeito decide, “amarela” diante do quadro tenebroso das eleições (em risco) de 2018, que não é mais candidato, pula para outro galho, para não cair para a planície.

Agora, o sujeito se encolhe e fica esperando 2020. Pode não ter 2020 sem cumprir nosso papel na História.

Para ter eleições em 2018 e depois em 2020 tem que abraçar não uma, mas várias candidaturas, sem olhar para grupo ou tendências, pois o eleitor quer um representante que seja talhado para seus interesses, para suas demandas, e nenhum ser humano dá conta de tudo.

Meu papel neste momento, pela história pregressa na formação do partido, pelas minhas atividades, pelo meu alcance social é estar com todos os possíveis candidatos a estadual e federal, a buscar votos que nos garantam fortes bancadas aqui na Assembleia Legislativa quanto na Câmara dos Deputados, como não pouparei esforços para ajudar os candidatos ao senado e a governador e vice.