Em 1993, para marcar o aniversário da fatídica Guerra Civil de 1893-95, a UFRGS lançou um livro chamado Literatura e Guerra Civil de 1893.
Somente agora tive acesso ao mesmo num sebo e li o que lastimo não ter lido antes.
Textos curtos de Alcides Maya, Roque Callage, Darcy Azambuja, João Fontoura, Érico Verissimo, Dyonélio Machado, Ivan Pedro Martins, Apparício da Silva Rillo, Josué Guimarães, Laury Maciel e Valter Sobrero Jr.
Dos 11, pouco conhecia de 5 deles.
Hoje em dia me dou conta das razões para Alcides Maya ter sido guindado nos primórdios do século XX para a Academia Brasileira de Letras.
Pouco conhecia dele, mas garanto que me tornarei leitor de sua obra.
Darcy Azambuja sabia ser um bom escritor, mas só o conhecia pelo lado do Direito.
Dionélio, Josué, Érico, Laury e Rillo só confirmaram com seus contos da suja Guerra de 93, das degolas a sua grandeza que conhecia.
Já falei no meu programa semanal no Facebook, Porto Alegre 250 anos, o quanto deveríamos revisitar os escritores de antes dos anos 30.
Mesmo nós grandes e vorazes leitores, no meu caso, professor, temos lacunas destes escritores.
Para comemorar os 250 anos da capital, faz-se necessário revistar a formação e a vida do Parthenon Literário. Revistar a trajetória do Instituto Histórico e Geográfico, como pesquisar mais e mais nas fontes primárias para uma releitura/revisão crítica dos episódios de nossa História e da formação de nossa capital.
Pois então, estamos pesquisando para uma reedição algumas crônicas do Arquimedes Fortini.
Planejamos com a comunidade da Maira da Conceição falar do Caldre e Fião, nalgum boteco daquela rua, para que saibam o quanto este médico/escritor foi importante.
Procuramos parceria para um papo nalgum café/bar da Ramiro Barcelos para falar de Antônio Chimango.
Afinal, os desafios já expus, agora, volto à carga.
Adeli Sell é professor e escritor.